sexta-feira, 30 de novembro de 2007



Ele a amava muito e com intensidade, a prova maior era que mesmo após tanto tempo, tantos anos, cada um era lembrado como se fosse o primeiro... Ah... E tem gente que ainda diz que os olhos não vêem o que o coração de repente inventa... E que tal o amor... Dizem que esse não é tão quente como nas poesias... E ainda se dizem pessoas... Talvez sejam apenas taças vazias.

Eu não creio que hoje em dia exista uma história parecida com outra... Mas há de fato aquelas guardadas em baús, de tesouro pirata... E são estas as jamais encontradas, as reservadas pelo primeiro grão de areia que o relâmpago promoveu a vidraça, de casa mal assombrada... Assim nela estão também à precisão com que as pessoas, ainda cheias como taças, transbordam de vinho cobiçado, a esperança encorpada e cheia de sabor que nunca está morta...

Ela que é o amor daquele que lembra após tanto tempo, cada ano como fosse o primeiro de alegria.

Pelos que esqueceram da noite... Um clichê solto que por acaso se esquece e procria, feito aranha grávida de vanguarda passada... Que desperta nas gerações futuras o peso do fardo incompleto de toda a raça humana.

A inspiração esteve diferente em cada taverna... Como cada musa, que esteve disposta a sofrer nos braços da arte, daquela hora romântica e mentirosa. O banquete que virou livro, cheio de vírgulas e subentendidos ditos apenas para encher a boca do leitor, de tudo quanto é pensamento e desejo...

E penso que está certo... Uma vez sem fantasia se está destinado ao veneno da aranha... No comodismo do passado... Vegetando como um ser místico, esquecido no tempo amaldiçoado que pela falta de um propósito acabou dormindo sem se quer ter um sonho.

Um brinde a fantasia! Taças fantasmagóricas, almas condensadas em um planeta sem vida... Terra.

Hades Pierrot

domingo, 11 de novembro de 2007



O céu brilha de estrelas.

Em uma noite dessas assim, singela...
Eu saí de fininho para curtir o Luar...
As estrelas formavam o rosto sutil e era o dela,
Aquela em que me entrego ao amar...

Em meu desejo de nunca acordar do beijo,
Planei em outras dimensões até o despertar da primavera.
Do sonho de estar envolvido com o teu carinho nasceram flores.
E das flores, as abelhas com o mel mais doce que já pude encontrar.

Provei o sabor e reconheceria
a felicidade em qualquer lugar...
Provei do reencontro no ar
que espalha o meu fogo e constrói nosso lar...
Por nunca ter ido tão longe percebi
que o medo não existia mais em mim...
Feliz, quero que saiba que marcado em minha vida
está o brilho do teu olhar.

Hades Pierrot