quinta-feira, 9 de outubro de 2008



Olá...

Você sabe o quanto és especial para mim,
quero que este carinho esteja sempre claro,
a brilhar como as estrelas em uma noite de verão...
Mas duradouro como ciclo em que renasce a primavera,
Ela que dá vida e perfume único a cada flor.

Que as conseqüências antes de tudo sejam livres
para serem sinceras e fortes diante do mundo.
Você sabe que eu te adoro demais...
E com base nessa amizade tão gostosa,
saiba que estou aqui nos tempos bons e ruins...

... Da vida.

Hades Pierrot

quarta-feira, 27 de agosto de 2008



O Bêbado.

Estou bêbado e pouco me lembro do curto começo, do estilhaço dos copos ou da solidão, apenas segui o fluxo do grande metrô de São Paulo e acabei por capengar pobres passos no que fiz de destino. No meio de tantas pessoas, em um assento coloquei todo o peso dos ombros, ao lado de dois jovens acomodei meus lamentos, servi como pratos com bolo o vazio daquele momento.
Briguei com a família, e desejo da boemia a compreensão e o consolo de mais um dia. Com este hálito alcoólico, na gentileza com a qual desabafava, supria também a necessidade de companhia... No encontro deixei sinceridade ao invés de malicias, e na despedida larguei uma bala em mãos estranhas... A hortelã que julguei envenenada, assim como meu peito que por dentro é encharcado de cachaça, o fruto de uma lembrança contemporânea.

Mr. K. Silence.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008



Viver a Noite e Perder os Dias.

De tão notívago mal me lembro das cores do dia,
Do pouco que fiz... Hoje respiro toda a água do mar...
Nunca pisei na areia, nunca estive no litoral,
Nadei só por anos a fio...
Detive-me apenas ao sal das lágrimas que caíram.

Deste sabor me envenenei...
Para nunca limitar a dose pude então acordar...
Quando finalmente levantei das sombras, não houve despertar...
Percebi um reflexo tão pequeno que quase não se nota...
A cidade cresceu e hoje é grande só de se olhar...
Pequena de se viver como portos sem barcos ou gotas d’água.

Pagou um preço tão alto que agora é cinza,
O tempo ficou tão curto que o futuro nem nasce, já cai verde...
A estrada é absurda e bêbada, afogada em buracos onde não há destino...
Feixes de luz vagam, mas de tantos, poucos justificam a física.
No meio de tanto concreto, vida quase não se sustenta...
Só é raiar do Sol aquele que penetra a pedra
Se segura firme para que não se levem leves, os outros...
Para nunca deixar que fechem as portas para os novos.

Hades Pierrot

segunda-feira, 28 de julho de 2008



Chocolate

O barulho do papel de chocolate é dourado,
Colocado entre os teus lábios, o sabor...
Que arrancou um gemido de satisfação,
Do qual nunca o fez por sentimento de amor.

O barulho do papel de chocolate é a canção,
Quando toca fere o silêncio, mas não desvia meu olhar,
Não me faz pensar em outra coisa se não no teu sabor,
Do qual me alimentei tanto de amor.

Hades Pierrot

sexta-feira, 11 de julho de 2008



Entre a Ambição e a Fome

Onde tudo pode acontecer,
Será que nem o limite há de ser livre?
Ou não se sabe?
A lã da vida segue... E nós somos apenas lugares.
Por que do desejo de responder,
Vem essa incessante tara por sofrer?
Só para ser feliz, arriscar um Talvez?
Onde há de tudo é que pouco toma jeito,
É quem tem de tudo que levanta o peito na frente dos olhos,
Mas daquilo que se come, nada mata a fome.
Daquilo que se bebe fica a sede...
Onde tudo pode nada acontece.

Hades Pierrot

segunda-feira, 7 de julho de 2008



Teatro

Quando atuo na vida o teatro me prega peças,
Se me vejo só, o que faço se não caminhar sobre prosas,
O que encontro se não um altar banhado de histórias...
A própria natureza que é meu palco
E eu que sou só inteiro, sou de todas as outras coisas...
A própria destreza que me acolhe me dá certezas,
Sou alimento como todas as pessoas,
Sou cheio de escolhas e poesias...

Hades Pierrot

domingo, 6 de julho de 2008



Flores

Flor não é toda perfume...
Cor não é só charme,
Seus caprichos não satisfazem,
Eles fazem amor,
Eles são vida, eles são coragem...

Um banho de rosas,
Uma margarida que leva a poesia,
Carrega nas pétalas a magia...
Sem elas os espinhos não teriam perdão,
E eu, perderia minha paixão.

As abelhas não tomariam o doce da vida,
O néctar se perderia no paladar...
Não poderia voar a liberdade
Nos cabelos soltos da mulher...
E eu, não saberia amar em plena flor da idade, a flor da pele.

Hades Pierrot


Tempo

O foco do emaranhado,
O dançar dos marcos,
O solto fiapo que voa o infinito...

Não tenho jeito,
Sempre me esqueço,
E quando volto passou o tempo...

O relógio não tem conserto,
O conserto não tem motivo,
Não tem carinho...

Mas bate dentro do peito
E foge cada vez mais para dentro,
A razão que dá lugar ao sentimento.

Hades Pierrot

sexta-feira, 4 de julho de 2008



Caminhos

A rua segue o infinito que meus olhos não tocam...
O sonho caminha ao lado da minha solidão...
Mesmo calados não se misturam,
A dor dos meus lábios carnudos e gelados,
Esperam-lhe por algo que não sei...

Atravesso o som do silêncio
E não o encontro na paisagem que criei
Os tons de azul que aos compassos derramei...
Fechei as outras páginas que estavam abertas,
Misturam-se ao vôo da canção que não silenciei...

Tudo o que deixei parece que me segue no tempo,
Que me cega nos passos...
E sigo na contramão para fugir dos abismos
Que cegam minhas indecisões...
E tramam o próximo capitulo desse romance libido e mundano.

Mariah Lacerda & Hades Pierrot

quinta-feira, 3 de julho de 2008



Exaustão

Aos passos sutis, sobre o azulejo gelado,
Caio de joelhos sobre o tom apagado do escombro...
Deito no chão e caído sinto o alivio,
Do frio que leva o meu mal estar...
Desse “estar” que tiro de um momento,
Dessa morte que sofro,
Vendo o reflexo do meu rosto sobre esse chão,
Até que a luz se apague de exaustão...
E revele o escravo do mundo entregue ao futuro.

Hades Pierrot

domingo, 29 de junho de 2008



Um céu bom de voar.

De tempos em tempos, nos sentamos à beira daquele lugar,
Tão alto aquele lugar, que de ventos em ventos nos levamos a soprar...
A superar, a deixar que a vida nos conduza a construir,
E que o precipício seja o céu bom de voar...
Que eu possa te ver e dissolver com lágrimas a dor de amar,
Como poeta e sem deixar de ser guerreiro,
Que eu possa escolher as minhas armas para amar...

Hades Pierrot

domingo, 18 de maio de 2008



Sete Palmos, Sete Vidas...

Mão sobre mão, escondendo entre as palmas um segredo,
A vaia do concerto que não foi aceito pelos poucos...
Mártires! Mortos vulgares!
Tira-me daqui, deste caixão apertado, eu preciso sair...
Estou tonto por não poder respirar,
Estou tonto, mas não me deixam dormir...
O batuque infernal sobre a madeira do meu leito,
Tira-me o sono e me lembra de que estou no inferno.

Hades Pierrot

sábado, 17 de maio de 2008



Mais saudade

É difícil explicar como o tempo passa,
É fácil sentir saudade...
Complicado é desejar o que já está longe,
Lembrar que partira de tão perto,
E se foi... A deixar pegadas em minha pele,
Simples como seguir o horizonte.

A beleza tão forte,
Que me deixa fraco e cheio de lágrimas nos olhos...
Eu que fiz escolhas quando criança
Sempre cresço e viro homem para sofrer,
A partida das pessoas que amei em vida
E revê-las em seu veleiro, sumindo no azul...

A festa agora está silenciosa,
A música dos violões, os risos,
Agora estão longe...
Como a água que se esvaziou em minhas mãos,
E secou no chão,
Matando-me de sede.

Hades Pierrot

segunda-feira, 17 de março de 2008



Todo coração é guerreiro

Todo coração é um guerreiro,
Nasceu para encarar a serpente
E vê-la levitar, levada pela águia...
Todo guerreiro só alcança seu auge
Quando com ele a vida sugere vitórias,
Quase que inalcançáveis,
De dor,
De amor,
Luto...

Na guerra é preciso sonhar,
A realidade só, nunca basta.
O que resta se não...
Dor,
Amor,
De luto...
O que resta...
Dor,
Amor,
Luto?
O que?

Hades Pierrot

quinta-feira, 6 de março de 2008



Experiências

Pegue um copo de vidro,
Coloque-o a beira do alto de um muro,
Observe quando e o quanto ele interfere,
Na pureza do dia e em seu jeito delicado.

O quanto ele transforma a luz ferida pelos olhos,
Deformando a sua lógica e seu jeito impecável...
Feito isso. Agora "peque" o copo... Quebre-o!
Corte os teus pulsos e prove do dia a dia...

O muro pode ser alto ou baixo,
O copo cheio ou vazio, o olho cego...
Certamente haverá a queda...
E a experiência então, será audaciosa.

Hades Pierrot

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008



Marcado no Relógio

Eu que necessito dizer...
Que talvez ainda possa mudar.
Olhando o céu, eu vejo o mar...
Uma canção que me leva,
Uma onda macia de saudade
Até uma praia de verdade.

Eu que não sei se elas existem,
Penso um dia conseguir dizer
Algo que realmente alivie,
Que leve de mim esta seca,
Que me faça ser,
Um som a fim do universo.

Hades Pierrot

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008



Um momento

Esse som de maquinas me atordoa,
Faz-me pensar no que sou afinal...
Um amontoado de idéias?
Onde nem todas dão certo...

Atordoa porque sempre me esqueço,
Que as pessoas que amam chegam atrasadas
E que no futuro se resguarda a recompensa da vida...
Reservada ao esforço com o qual lutou contra a sua natureza...

A matéria prima da felicidade espremida em cores,
Afastadas geram o paradoxo da eternidade...
Unidas expressam o longo alcance...
Eu ainda paro para ver o arco-íris...

Apenas não sei o porquê...
E esse barulho todo me atordoa...
Pois sem ele enlouqueceria mais cedo
E estaria livre dessa indagação e preso em outra...

Hades Pierrot

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008



Sim... Sou do fogo.

Às vezes eu me sinto tão só,
Não sei se é pela minha capacidade de perdoar
Ou quem sabe por transformar tudo em um momento mágico.
Às pessoas são tão pés no chão que quando saem dele nunca vão tão longe...
Acho que daí vem à solidão de não conseguir falar para um só,
E acabar gritando para todos.
Deixar a luz queimando,
Em meu envelhecer,
Cada brasa,
Sumindo,
Singela,
Sutil,
Só.

Hades Pierrot


Uma manhã serena demais, segundos de reflexão.

Uma manhã, alguns segundos de reflexão,
Uma ficção que se tornará realidade,
O futuro está em toda parte,
E deve ser compartilhado, ser bem vindo.

Fiz duas músicas ao acaso,
reparei no cinza metálico de um eletrodoméstico,
entrei em um universo Indomável,
paralelo a dimensão do nosso cérebro, só que programado.

Fiquei lendo suas funções e de poucas quase não encontrei nenhuma,
Fiquei atento e não percebi diretas, só efeitos colaterais e fantasmas,
Por sua utilidade ser menor que a desonestidade,
estou sendo moralmente trapaceado a vender barato a minha liberdade.

Ainda sim perco meu tempo junto a ti com esse tipo de assunto,
Ou será que meu tempo está atrofiado sobre meu ócio,
Entre as gargalhadas da comunicação cientificamente e louca,
Todo mundo fala de pessoas alienadas e televisão, eu falo de cultura.

Cúmplices de uma paixão avassaladora,
De drogas e viagens para alguns quilômetros a cima do planeta,
Expandimos nossa capacidade parasita até as estrelas,
Fuga e ótima arrecadação de verba da qual a terceira guerra se alimenta.

Li numa certa época: Atentai a quem é mais importante!
Desce deste muro! Olha para o silêncio do Oriente!
Estamos abandonados e este é o Golpe perfeito de Estado,
O povo está desatento e o mais importante é o garçom do senado?

Hades Pierrot

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008



Cheiro Químico Em Meus Olhos.

Meu quarto cheira a remédios,
E o resto é luxuria que me adorna,
A pele roxa da pancada feita pelo tédio,
O mofo paralítico em minhas pernas.

Singelo é o andar das baratas
E intensa é a batida que afunda meu peito,
O olhar vermelho dos ratos que quase fura,
A insônia vencida pela necessidade humana.

O ambiente é tão pequeno e politicamente hostil,
Paredes frias privadas da luz que só nasce lá fora,
Ilustram o sentimento covarde que evita do medo sutil,
A fragilidade que me mataria se alguém abrir a porta agora.

Hades Pierrot


Palavras rabiscadas

A tristeza é como um violino velho que nunca foi tocado,
A alegria é a música que faz dançar os apaixonados,
Amor é se completar e construir a sua própria canção.
A riqueza é sentir-se dourado, não de ouro, mas banhado de bom.

Felicidade nunca deixou de ser a verdadeira razão de se viver,
Sentimento é a prova de que você é livre para voar, correr, se perder...
Sabedoria é o que você se torna quando é bom com a felicidade,
Vaidade é se aprontar de espírito para viver seus sonhos e a guerra!

Sentir-se só é a necessidade de um beijo,
Do amigo, do namorado, do marido...
O tempo é o médico que cura sem aceitar opiniões alheias,
Que dá o castigo aos teimosos que se opõe a tua sabedoria.

Hades Pierrot

domingo, 17 de fevereiro de 2008



Porta aberta

Deitado em meu leito,
Opero meus paradoxos intuitivos...
Não os de morte,
Apenas os borrões de despojo.

As velas acesas em minha cabeceira
Escorrem da exclusividade de serem tão românticas,
As luzes que parecem sair da minha retina,
Não são líricas e sim os faróis da tragédia.

Que tortura me espera?
A excitação da parafina com tua chama?
Prefiro o ranger sombrio da janela
Ao toque desesperador que aguça minha insônia.

A terra dos sonhos sedada em meu peito
Serve de porta para sentir-se apedrejado por dentro,
Aqui o medo não salva,
Muito menos manda ajuda para abrigar-se da chuva.

A confusão que faço entre a noite
E a escuridão do meu quarto, me incomoda.
A voz que ouço feito agulha, imagino ser agonia...
Pois faz com que oscile minha música guia.

O meu passado sadio pula o presente,
E a cada dia revela um salto para um futuro mais louco,
Sinto-me um macaco trancado pela valia no zoológico,
Quando digo tudo isso a alguém que lê até o ultimo verso.

Cada segundo de vida me sufoca,
Este grito de socorro não importa,
Uma poesia antiga,
Escrita por um toco de lápis sem marca.

O valor de tudo isso será pago,
O que não será apagado é o que não tem preço,
Não tenho dinheiro,
Nem sei o que eu faço.

Hades Pierrot

sábado, 16 de fevereiro de 2008



O Gosto

Gostais das flores pequenas,
da sutil fragrância, da cama perfeita,
das pétalas macias, da essência a calmaria...
Força com que me prendes nessa paixão...
Das pétalas mágicas sobre o rosto,
o recém despertar das mãos de quem ama...
toque no futuro do outro dia,
sonho de que tudo estará lá como não está,
inclusive retirar do suspiro o teu gosto,
e na feição de um beijo, um motivo.

Hades Pierrot


Chegar aonde ninguém foi

Chegar ao longe nem sempre pode fortalecer,
Uma alma que vence,
Antes corre o risco de se esquecer,
De ser feliz, de compreender,
De amar e dar prazer...
Não há ninguém tão longe de nós
Que não tenha se submetido a sofrer.
O medo o torna sozinho e carente.
E por essas e outras eu confisco,
Purifico meus conhecimentos,
Alimento de bons grãos meus pensamentos,
Pois onde não há amor, não fico!
De dor já basta, chega de suicídio.
Do que me vale chegar tão longe,
Chegar a ser tão triste,
E sozinho...

Hades Pierrot

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008



Pois "é..."

Cada pedacinho de alguém no meu espaço
é uma fortuna de estrelas
e é dessa fortuna que tiro o brilho dos meus olhos
e ponho no enxergar de quem amo,
é esse brilho que me faz tão bem na vida,
é por esse brilho que me apaixono.

Beijos.

Hades Pierrot

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008



Metamorfose e Mel

Não me zango com as flores de meu jardim,
Se me arranho de vez em quando em teus espinhos,
É pelo prazer, pela dor de me sentir menos sozinho.
De me embriagar da tua metamorfose e mel,
No cheiro do teu perfume avassalador.
Com o propósito de quem sabe até ser feliz.
Vencer com o peito sobre o ardor.

Hades Pierrot


Batom vermelho

Curvas leves como aguadas de aquarela,
Azuladas e calmas...
No papel branquinho feito leite, pinceladas na alma.
Delicadas bailarinas rosadas e uma espontaneidade poderosa,
O mistério de uma flor fantástica, disfarçada, que é na verdade musa,
Descanso de mulher satisfeita após a excitação mais perigosa.

A vida é formosa em seu corpo brilhante, perfumado em pétalas.
Do céu tranqüilo um mundaréu de encantos e aventuras,
A forma precisa como contorna a carne de meus lábios,
Do tom pastel a vermelhos mais saturados,
Versos e profundos frutos, mágicos mergulhos intensos no sabor do seu batom,
Recados abstratos dedicados à saudade e entregues aos ventos que negam o autor...

Uma bagunça engraçada com as tintas e me pinto todo...
Não é tanta assim a lembrança, só prazer na romântica plenitude da poesia,
Além da pureza dinâmica é para ti a natureza da arte que fascina.
A surpresa dos seus olhos sempre abertos à inocência,
O bailar da cor molhada, os cílios longos e delineados pelo brilho do dia mais bonito.
A insinuação de que o som da chuva é a música que toca quando lembramos do passado.

Hades Pierrot


A luz do barco

Luz fria que banha o mar de sentimentos,
Dá aos seus aventureiros o barco da emoção.
Desemboca poucos mansinhos e serenos,
Mas desperta sempre com o calor o Sol da revolução.

A embriaguês já passou,
De tardezinha muda-se de estação,
Se amanhecer é primavera, logo mais será verão,
Outono no coração e inverno no período da solidão.

Nunca acaba a emoção, o perigo não se esgota...
Cada barco colorido no oceano é doce e sujeito a mordidas.
Da Lua saborosa que encanta de vinho a fantasia,
A aquele que conduz seus prantos, o mar da vida.

Hades Pierrot

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008



Menino

Eu queria ter lhe impedido,
Mas nem se quer o conheci, menino.
Precisava ter arriscado, gritado...
Quem sabe assim com a ajuda dos anjos,
Tivesse ficado aqui, comigo.

Ruídos de agonia dos dois lados,
Sua solidão, seu talento, trancados num quarto.
Duas vozes, uma lhe puxando para baixo.
Na velhice de um menino,
Seu vazio deixado em versos, inacabados.

Hades Pierrot