domingo, 18 de maio de 2008



Sete Palmos, Sete Vidas...

Mão sobre mão, escondendo entre as palmas um segredo,
A vaia do concerto que não foi aceito pelos poucos...
Mártires! Mortos vulgares!
Tira-me daqui, deste caixão apertado, eu preciso sair...
Estou tonto por não poder respirar,
Estou tonto, mas não me deixam dormir...
O batuque infernal sobre a madeira do meu leito,
Tira-me o sono e me lembra de que estou no inferno.

Hades Pierrot

sábado, 17 de maio de 2008



Mais saudade

É difícil explicar como o tempo passa,
É fácil sentir saudade...
Complicado é desejar o que já está longe,
Lembrar que partira de tão perto,
E se foi... A deixar pegadas em minha pele,
Simples como seguir o horizonte.

A beleza tão forte,
Que me deixa fraco e cheio de lágrimas nos olhos...
Eu que fiz escolhas quando criança
Sempre cresço e viro homem para sofrer,
A partida das pessoas que amei em vida
E revê-las em seu veleiro, sumindo no azul...

A festa agora está silenciosa,
A música dos violões, os risos,
Agora estão longe...
Como a água que se esvaziou em minhas mãos,
E secou no chão,
Matando-me de sede.

Hades Pierrot